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Equipe do TJAP colhe depoimentos de vítimas de abuso infantil no Arquipélago do Bailique

Publicada em 30/03/23 às 12:35h - 13 visualizações

por JudiciRádio


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 (Foto: JudiciRádio)

Durante a Jornada Itinerante Fluvial ao Arquipélago do Bailique, a Justiça do Amapá enviou uma equipe especializada em escuta infantil para acompanhar casos de abuso sexual ocorridos na comunidade. Quatro casos foram pautados pela equipe técnica do Tribunal, mas somente duas vítimas estavam no Arquipélago e passaram por audiência. A assistente social e entrevistadora forense Christine Fonseca, servidora do TJAP, foi a responsável por acompanhar as oitivas (escuta) das vítimas.

Desde a segunda-feira (27), quando o Barco da Justiça ancorou em Vila Progresso, a assistente social iniciou os atendimentos de acolhimento e preparação dos menores para os depoimentos especiais – procedimento de oitiva do menor vítima de violência, com uso de metodologias humanizadas voltadas à proteção infantil.

"Aqui nós fizemos a acolhida com a visita domiciliar em comunidades distantes, conversamos com as crianças e orientamos as famílias sobre o passo a passo do depoimento. Precisamos desconstruir essa imagem de audiência sendo um ambiente hostil, não é isso. Há uma humanidade e sensibilidade muito grande por parte do Tribunal, principalmente nesses casos que envolvem crianças e adolescentes", relata Christine Fonseca.

O juiz coordenador desta edição da Justiça Itinerante, Fábio Santana, conduziu as audiências de depoimento especial dos casos. Durante as oitivas, o magistrado, juntamente com as partes do Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, direciona as perguntas à assistente social, que repassa os questionamentos para o menor de forma mais didática e adequada.

"O depoimento de uma criança ou adolescente é diferente de uma pessoa com mais de 18 anos, as crianças não falam tudo para pessoas que eles não conhecem, então dificilmente ele vai chegar na frente de um juiz e relatar todo o fato. Já com os profissionais especializados ele consegue ter um maior contato e relatar o ocorrido de forma espontânea", explica o magistrado.




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