O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) está prestes a dar um grande passo rumo a um maior amadurecimento de gestão com a aquisição de expertise no uso de Business Intelligence (BI). De acordo com o assessor especial na Diretoria-Geral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO), José Carlos da Silva, que apresentou o sistema a magistrados e gestores do TJAP nesta última quinta-feira (11), esta modalidade de gerir, agregar dados brutos e organizá-los em metadados tem um grande potencial para aprimorar a qualidade das decisões de qualquer negócio, empresa ou instituição. A apresentação contou com a presença do desembargador-presidente Adão Carvalho, do desembargador-corregedor Jayme Ferreira, juízes e servidores.

“Instituições, privadas ou públicas, produzem dados nos seus sistemas estruturantes (como aqui no TJAP ocorre com o Tucujuris, o PJe, o SEEU e outros), mas esses dados são colocados de forma bruta e assim não se tem uma visão gerencial adequada”, informa  José Carlos. “O que a ferramenta de Business Intelligence (BI) faz é justamente buscar esses dados brutos e organizá-los na forma de painéis desenvolvidos com foco na experiência de usuário e com a visão do analista de negócio, que é quem vai utilizar com acesso facilitado, na palma da mão”, complementou.

O BI em questão é o Power-BI, uma versão gratuita  fornecida pela Microsoft – esta específica foi escolhida entre outras (de outros fornecedores) por ser amplamente difundida mundialmente, com suporte bem experimentado e interface acessível – e implementada de maneira bem sucedida em uma experiência que acontece continuamente desde 2019 no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), mas que já foi implementada em outros 10 tribunais do Brasil. “O BI permite uma gestão com dados, uma tomada de decisão mais consistente e segura, baseada em fatos concretos organizados em metadados criados a partir de dados pré-existentes, mas que estavam ociosos nos sistemas estruturantes da organização”, detalhou, “lançando uma nova luz sobre informações que antes estavam obscuras e desassociadas”.

“Do ponto de vista da produtividade, José Carlos esclarece que são dados objetivos, que não dispensam a análise subjetiva do gestor ressaltou.

Intuitivo e simples, esse sistema pode ser aplicado em todo o Tribunal, desde os recursos humanos ao orçamento, das compras de equipamentos à TI, passando pelo controle de frotas, assegura José Carlos. “É importante deixar claro que o BI por vezes detecta que os dados não foram inseridos com qualidade, então ressalta a necessidade de correção para produção dos metadados mais consistentes e úteis à tomada de decisão final”, complementou.

Mas nem só à gestão ou ao benefício indireto, por consequência de um amadurecimento gerencial, o BI beneficia o cidadão. “Até por demanda do presidente Adão Carvalho, com sua preocupação constante com a inclusão social, podemos criar painéis que serão úteis ao jurisdicionado com baixo grau de amadurecimento digital, que às vezes não consegue ele próprio compreender ou indicar facilmente sua própria demanda, simplificando o acesso aos serviços”, concluiu o assessor especial na Diretoria-Geral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO), José Carlos da Silva.