A vara do tribunal do júri de macapá, sob titularidade da juíza Lívia Freitas, iniciou, ontem de manhã, o julgamento do ex-pm Kassio Mangas, que responde pelo feminicídio da cabo pm Emily Monteiro. Logo no início da audiência, foram sorteados os sete jurados do caso entre as 25 pessoas selecionadas pela justiça estadual. O julgamento popular da ação penal é conduzido pela juíza Lívia Freitas e transmitido ao vivo pelo canal do TJAP no youtube.
Cada parte – defesa do réu e acusação (ministério público) – puderam dispensar até três dos jurados sorteados sem necessidade de justificativas, conforme previsto no artigo 468 do código de processo penal (CPP). A banca de defesa dispensou todas as mulheres (três das sete) sorteadas para compor o conselho de sentença, enquanto que a acusação também fez uso do mesmo direito.
Durante a manhã, o julgamento, iniciado às 8h, depuseram três testemunhas de acusação até às 12h. Após 15 horas de julgamento, a juiza Lívia Simone de Freitas Cardoso condenou o réu, o ex-policial militar Kássio Mangas a perder a farda definitivamente; pagar uma indenização de 13 mil e 500 reais aos pais da vítima; cumprir a pena de 24 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado e a cumprir ainda 11 meses e 21 dias de detenção por fraude processual. O ex-pm não poderá recorrer da sentença em liberdade.