Com o propósito de valorização e reconhecimento às mulheres militares do Estado, profissionais essenciais para a sociedade e que enfrentam preconceitos no cotidiano de suas funções, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da sua Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, realizou, nesta sexta-feira (23), o evento “O Universo feminino da Policial e da Bombeira Militar”. O encontro, em alusão ao Dia Nacional do Policial e Bombeiro Militares, celebrado em 24 deste mês em todo país, teve como público alvo feminino da Polícia Militar do Amapá (PM/AP) e Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP).
A abertura do evento foi feita pelo titular da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargador Carmo Antônio de Souza, por meio de vídeo – o magistrado está em viagem institucional. Ele enfatizou a importância de enaltecer as profissionais e conscientizar as mulheres sobre os diversos tipos de violência, esclarecer as militares e incentivá-las cuidar da saúde e denunciar qualquer tipo de agressão ou preconceito.
“A Polícia Militar auxilia bastante no combate a esse tipo de violência e é necessário que essas instituições, por intermédio de todos os seus componentes, tenham consciência de que a importunação e o assédio sexual são crimes e é necessário que os combatamos com muita frequência, intensidade e regularidade. A nossa expectativa é que a PM não aceite dentro dos seus quadros que essas condutas, vedadas pelo ordenamento jurídico brasileiro, possam acontecer e nós, do Poder Judiciário amapaense, nos colocamos à disposição de todas as policiais militares e de todas as bombeiras militares no combate a qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho”, destacou o desembargador Carmo Antônio.
Durante a programação, foi exibido o documentário “A mulher por trás da farda”, produzido pela Secretaria de Comunicação do TJAP, com depoimentos das policiais femininas pioneiras do Estado.
Entre as personagens, ex-comandante-geral da PM/AP, Heliane Braga, primeira mulher a comandar a corporação no Amapá; da comandante da Patrulha Maria da Penha, tenente Waldenize dos Santos; da primeira oficial pioneira da turma de 1994 do Corpo de Bombeiros, tenente Patrícia Cunha e a primeira bombeira feminina que ascendeu à patente de coronel do CBM/AP, Márcia Corrêa e a primeira mulher aprovada no Batalhão de Operações Especiais (BOPE), sargento Edilane Rodrigues.
“Ficamos felizes com a realização desse evento, pois é o reconhecimento das profissionais da área de segurança pública pelo Poder Judiciário. É gratificante valorização das corporações militares femininas para o desenvolvimento de um ambiente militar mais plural e democrático. Parabéns ao TJAP pela iniciativa”, salientou a tenente do CBM/AP, Patrícia Cunha.
“Agradecemos ao TJAP, em nome do desembargador Carmo Antônio, pela brilhante iniciativa de valorização e reconhecimento da mulher policial militar, pois no mundo competitivo em profissões como a nossa, onde o efetivo é predominantemente o masculino, esse tipo de homenagem é extremamente importante porque ela nos dá destaque em um ambiente onde nós não temos”, comentou a coronel Heliane Braga, da PM/AP.
O evento também contou ainda com palestra de esclarecimento sobre o câncer de mama e colo do útero, ministrado pela tenente PM/AP Naiara, médica ginecologista e obstetra; oficina de defesa pessoal, ministrada pela profissional Luciane Oliveira e oficina de organização voltada para o bem-estar, com esclarecimentos da personal organizer Bianca Muller. A programação encerrou com apresentações de dança e musical.
Ao todo, dezenas de mulheres militares do CBM/AP e PM/AP estiveram presentes no evento.