A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) realizou, como parte do Ciclo 2023 de Correições Ordinárias, mais uma reunião com magistrados e servidores de unidades judiciais sob inspeção – esta semana é a vez das Varas de Família da Comarca de Macapá. Sob condução do corregedor-geral, desembargador Jayme Ferreira, e o juiz auxiliar da CGJ, André Gonçalves, o encontro foi realizado no Plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Macapá (Anexo da Rua Manoel Eudóxio), contou com participação ampla e servidores das unidades e da CGJ, além dos juízes Carlos Fernando, titular da 4ª Vara da Família, Órfãos e Sucessões de Macapá, e o juiz substituto Moisés Diniz – que, no ato, representou os titulares da 1ª, 2ª e 3ª Varas de Família de Macapá. 

O corregedor-geral defende que este trabalho da correição, embora também tenha um caráter disciplinar, tem como foco a cooperação e a colaboração mais do que qualquer outra coisa. “De fato, o que estamos procurando fazer aqui segue um ditado popular atribuído à mulher de César: não basta ser honesta, tem que se mostrar honesta. Então ao Tribunal de Justiça não basta ser competente e produzir muito: ele tem que mostrar essa produção”, defendeu o magistrado.

Ressaltando que um dos pontos tem sido justamente aprimorar o trabalho de classificação de processos, o magistrado acredita que “a melhor forma de mostrar essa produção é designando corretamente os atos processuais e inserindo a informação onde é devido nos sistemas para que nós possamos, ao final, tirar relatórios e que eles sejam condizentes e fidedignos com aquilo que foi praticado”.

“Então, é um trabalho de construção e de modificação de cultura: a promoção de uma cultura de dados para possamos arrumar a casa de acordo com as características próprias do processo digital, o que vai possibilitar que a jurisdição chegue mais cedo e com mais precisão e qualidade à sociedade”, garante.

“A transparência vem em conjunto com a Justiça Digital, porque nós poderemos deixar os gráficos e a produtividade sempre acessíveis para que o cidadão possa olhar e analisar, podendo analisar a produção geral do TJAP ou de cada unidade jurisdicional individualmente e saber se aquele local em que está o processo dele tem resultados rápidos ou demorados”, ponderou.

“Mas qualidade não só na prestação judicial, mas também na qualidade de vida de cada servidor e magistrado, pois, por exemplo, com a automação de parte do trabalho, não vamos chegar em casa e dormir com processos na cabeça, ansiosos para despachar no dia seguinte”, concluiu o corregedor-geral de Justiça, Jayme Ferreira.

O juiz Carlos Fernando afirmou que percebe essa aproximação diferenciada junto a magistrados e servidores como uma excelente iniciativa. “Eu já felicitei e cumprimentei o corregedor-geral pessoalmente, elogiando essa abordagem que eu considero inovadora e para nós, aqui do primeiro grau, é uma sensação de acolhimento e de incentivo para melhor desempenhar nossas funções”, relatou.

“O encontro foi muito produtivo, pois o desembargador Jayme Ferreira pôde nos ouvir, saber quais são as nossas dificuldades e, ao mesmo tempo, nós conhecemos qual é a orientação geral e as expectativas da CGJ em relação ao nosso trabalho”, concluiu.

A Correição Ordinária das Varas de Família da Comarca de Macapá segue até sexta-feira (28).