"A gente tem que sempre estar aprendendo para ser uma mulher empoderada, né? As oficinas foram bem proveitosas, como a de defesa pessoal, que é algo que já precisei, com coisas fáceis que a gente pode usar, e gostei muito”, disse Vanuza Freires, de 50 anos, que participou da programação da 24ª edição da Semana Justiça Pela Paz em Casa, no município de Vitória do Jari, na região sul do Amapá. A equipe da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) encerrou, na manhã desta sexta-feira (18), a série de oficinas oferecidas às mulheres acolhidas pela Rede de Proteção à Mulher.
A ação, que foi começou na quinta-feira (17) com oficinas de crochê, laços e potes decorados em porcelana fria (biscuit), contou hoje com as oficinas de Defesa Pessoal e Organização para o Bem-Estar. Em Vitória do Jari, a programação contou com o apoio da Defensoria Pública do Estado (DPE) e a Secretaria Municipal de Assistência Social, que deram suporte na triagem e locomoção das mulheres, moradoras de bairros e comunidades distantes do Fórum da Comarca de Vitória do Jari, onde ocorreram as oficinas.
A programação, que faz parte da Campanha Agosto Lilás, também conta com o apoio da Ouvidoria da Mulher do TJAP e foi iniciada na segunda-feira (14), passando por diversos municípios do estado. As oficinas foram ministradas pela educadora física Luciana Oliveira e pela personal organizer Bianca Muller.
De acordo com a professora de Educação Física e instrutora da oficina de Defesa Pessoal, o foco é o empoderamento feminino. "A Defesa Pessoal não é apenas a aplicação de técnicas, mas sim de fortalecimento emocional da mulher, mostrando pra essa que ela é um indivíduo e que ela primeiro tem que se enxergar como tal, como cidadã, e não somente se colocar numa função de dona de casa, de mãe, de esposa. E hoje foi surpreendente porque elas se engajaram, participaram e se reconheceram dentro dessa temática do empoderamento", concluiu.
"A gente encontrou essas mulheres muito motivadas e hoje foi muito produtivo. Nós tivemos ótimos feedbacks, elas se interessaram bastante, principalmente pela oportunidade de pegar o conhecimento e gerar como uma renda extra e isso, pra mim, foi o mais gratificante. Acolher essa mulher emocionalmente e ensinar ela a lidar com as suas dores", contou a personal organizer, Bianca Müller.