Como parte da programação do Agosto Lilás do TJAP, foi realizada reunião sobre a implantação da Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica, nesta segunda-feira (dia 21), pela Coordenadoria da Mulher em Situação e Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário – que tem à sua frente o desembargador Carmo Antônio de Souza. O encontro contou com a participação do Comando da Polícia Militar que atua no Arquipélago do Bailique, de psicólogas da Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM), de servidoras da Ouvidoria da Mulher e da Coordenadoria da Mulher. O diálogo serviu para orientar os Policiais Militares do 3º Batalhão sobre a implantação da Rede.
“Estamos aqui para saber quais procedimentos que os policiais militares do Bailique utilizam em relação à mulher vítima de violência para que possamos dar sugestões e tomar medidas de proteção à mulher. Estamos ainda conversando com os órgãos locais para conseguir desenvolver um protocolo de execuções das medidas protetivas de urgência pela Polícia Militar”, relatou o desembargador Carmo Antônio de Souza.
“O Bailique tem uma realidade diferente das demais localidades devido à distância e à falta de Rede de Atendimento, ou seja, os policiais, ao receber a denúncia, precisam se deslocar até Macapá para fazer todo processo de atendimento”, observou. “E a ideia não é essa, mas sim fortalecer o atendimento da PM aqui no Bailique e trazer para o local uma Rede de Apoio, tanto para as mulheres vítimas, quanto para os agressores”, esclareceu o magistrado.
“As ações da Coordenadoria serão intensificadas através dos círculos reflexivos com os agressores”, complementou o desembargador Carmo Antônio.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPM) também faz parte da Rede de Apoio ao combate à violência contra a mulher e estabeleceu parceria com a Coordenadoria da Mulher na luta para diminuir o número de vítimas. “Os resultados são para longo prazo, mas houve uma troca muito importante de experiências, pois a PM já está atuando na medida do possível e nós viemos contribuir”, ressaltou a psicóloga Hanna Nery da SEPM.
“Foi uma conversa muito positiva e contribuiu muito com nossos policiais a partir das dicas de suporte para dar um melhor atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. A realidade aqui não é diferente dos outros lugares. Existe uma parcela de mulheres vítimas de violência e, por se tratar de um local pequeno, onde todos se conhecem, essas mulheres preferem se calar”, declarou o subtenente J. Cunha, da PM.