O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário, que tem à frente o desembargador Carmo Antônio de Souza, e do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Santana, sob a titularidade da juíza Michelle Farias, promoveu, na terça-feira (22), na Associação A Nossa Família, em Santana, oficinas para mulheres do município. O objetivo da ação foi profissionalizar habilidades das cidadãs para gerar renda e criar independência financeira deste público-alvo. A qualificação integrou o Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher.
A programação ofertou três oficinas profissionalizantes – de produção de crochê, laços e potes decorados em porcelana fria (biscuit) – para 30 mulheres vítimas de violência doméstica que estão atualmente sob medidas protetivas determinadas pelo da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Santana.
A atividade foi coordenada pela servidora Maricleuma Alves, da Coordenadoria da Mulher do TJAP, e pela assistente social do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica, Janice Divino.
A atividade teve ainda uma atração cultural, com Contação de Histórias, com o propósito de entreter com atividades lúdicas os filhos das participantes presentes. As crianças também tiveram acesso à leituras e troca de livros, sob o comando da contadora Ângela Carvalho.
De acordo com Maricleuma Alves, em muitos casos o fator principal para mulheres vítimas de violência não conseguirem se desvincular dos seus agressores é a dependência financeira. “O Agosto Lilás é fundamental para a execução de políticas públicas que protejam cidadãs, pois elas merecem viver com dignidade e justiça”, defendeu.
“Profissionalizar para garantir a independência financeira das mulheres é essencial para o combate à violência de gênero. Elas também precisam de entendimento e saber como denunciar todas as formas de violência – seja ela física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial – que a mulher sofre, bem como o combate a cultura do machismo”, pontuou Janice Divino.