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“Não consigo descrever a emoção da chegada da Isabelle em nossas vidas” diz tia-avó que recebeu guarda definitiva de sobrinha-neta durante a semana de audiências concentradas do Juizado da Infância

Publicada em 29/08/23 às 13:18h - 61 visualizações

por JudiciRádio


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 (Foto: JudiciRádio)

Na dança da vida, às vezes alguns passos não saem como ensaiados. E foi assim para Ducicleide e Renato, que tiveram o sonho de serem pais interrompido por infelizes adversidades. Após três tentativas, eles sempre sentiram que chegariam lá, mas a música parava antes do tempo. Porém, na manhã desta terça-feira (29), na sala de audiências do Juizado da Infância e Juventude - Área Cível e Administrativa da comarca de Macapá, eles receberam uma notícia que reviveria a tão sonhada paternidade: a guarda da sobrinha-neta Isabelle, de dois meses, seria deles.

O momento fez parte do início da segunda semana de audiências concentradas, realizada trimestralmente pelo Juizado, que tem como titular a juíza Stella Ramos. “Ter uma criança em casa era nosso sonho. Ouvir a gargalhada, ver o crescimento, viver a emoção de uma nova vida se formando, é tudo que a gente sempre quis”, disse Ducicleide Quaresma da Silva. “Faz um ano que perdemos nosso bebê, fruto da nossa terceira tentativa de gravidez. Não consigo nem descrever a emoção da chegada da Isabelle em nossas vidas”, relatou emocionada a técnica em enfermagem.

A pequena Isabelle está há um mês no abrigo Ciã Katuá. Sua mãe sofre com constantes episódios de epilepsia e não poderia cuidar em tempo integral da menina, ela decidiu então, dar a guarda definitiva para seus tios, Ducicleide e Renato, que se prontificaram em dar não só um lar harmonioso, mas muito amor e disposição na criação de Isabelle. Para a juíza Stella Ramos, “é isso que queremos ver nas audiências, quando há o entendimento de que os pais devem escolher o melhor para os seus filhos, e o fazem com paz e racionalidade”, disse a magistrada.

Segundo o Provimento n° 118/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as audiências concentradas, que têm como objetivo reavaliar a situação jurídica e psicossocial de cada criança/adolescente acolhido devem ser realizadas três vezes por ano. O acompanhamento das entidades de acolhimento infantojuvenil em situação de vulnerabilidade social começou no dia 28 de agosto e vai até o dia 5 de setembro.

São 43 processos agendados nos lares de acolhimento Casa da Hospitalidade, Lar Bethânia, Marluza Araújo e Ciã Katuá. A execução das audiências concentradas também é uma das ações realizadas em parceria do Programa Fazendo Justiça, do Conselho Nacional de Justiça com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).




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