Com o propósito de elucidar magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) sobre os benefícios tecnológicos e sua aplicação nas atividades para melhor prestação jurisdicional, o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e diretor executivo de Informática da Corte mineira, Rodrigo Martins Faria, proferiu palestra, nesta terça-feira (12), na sede do TJAP, com o tema “Inteligência Artificial Generativa e o futuro do Poder Judiciário”. Presentes no evento pelo TJAP, desembargador-presidente, Adão Carvalho, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Jayme Ferreira e a juíza auxiliar da Presidência, Marina Lustosa, além de servidores e colaboradores. A palestra foi transmitida pelo canal do Poder Judiciário amapaense no YouTube.
O magistrado mineiro discorreu sobre a funcionalidade dessa tecnologia e seus benefícios para as atividades da Justiça. A palestra foi embasada no Projeto Sapiens, primeira ferramenta orientada por inteligência artificial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que, por meio da Diretoria Executiva de Informática (Dirfor), iniciou o desenvolvimento da iniciativa, integrante do Programa Justiça Eficiente (Projef).
Segundo o juiz, o objetivo é higienizar a base de dados dos processos judiciais eletrônicos, tornando esses dados mais precisos e, assim, mais confiáveis. O projeto traz soluções de inteligência artificial (IA), através do método do aprendizado de máquina supervisionado (em inglês, supervised machine learning), capaz de identificar e classificar automaticamente documentos, informando se a peça processual é ou não uma petição inicial.
Conforme Rodrigo Faria, uma das principais funcionalidades é o comando de voz, que permite aos usuários ditar os comandos em vez de digitá-los manualmente. Além disso, a IA possui a capacidade de ler os textos em resposta, o que faz com que seja uma ferramenta inclusiva para colaboradores com necessidades especiais.
“Nós falamos um pouco da inteligência artificial generativa e sua aplicação no Poder Judiciário. Essa ferramenta tem se mostrado a tecnologia que dominará todas as áreas do conhecimento humano e, por isso, também o do conhecimento judicial. A importância de nós estarmos atentos e abertos a essa ferramenta para utilizar da melhor forma possível”, frisou o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
O presidente do TJAP ressaltou que inovações com resultados comprovadamente positivos em outros tribunais do Brasil, como essa IA do TJMG, são expertises bem vindas para serem aplicadas na Justiça Estadual amapaense.
“Nossos desenvolvedores estão dispostos a tentar soluções novas para a melhoria da prestação jurisdicional. Apoiamos todas as ações tecnológicas que possam aperfeiçoar nosso trabalho, pois quem ganha com isso é a sociedade amapaense. Agradeço a presença do magistrado mineiro, que veio ao Amapá nos emprestar suas experiências exitosas”, salientou o desembargador Adão Carvalho.