O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da Escola Judicial do Amapá (EJAP), deu continuidade, nesta quinta-feira (21), ao Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para iniciantes. A capacitação, realizada na EJAP e iniciada na última segunda-feira (18), com o propósito de promover a comunicação inclusiva, desenvolvimento de habilidades interpessoais como a sensibilização e empatia, é voltada para servidores do TJAP. A qualificação, que ocorrerá até 27 de novembro, visa aperfeiçoar conhecimento de servidores do Poder Judiciário para aprimorar o atendimento de pessoas surdas.

O curso é ministrado pelo professor Roni Figueira, habilitado em Letras, Libras e também especialista em Educação Inclusiva. As aulas, de 14h às 18h, de segunda à sexta-feira, são expositivas e práticas, com exercícios de memorização, atividades de integração, vídeos e dinâmicas especificas para a integração do surdo e ouvintes. Ao todo, cerca de 20 alunos, entre servidores e magistrados do TJAP, participam do treinamento.

De acordo com o instrutor, promover o conhecimento de Libras facilita o convívio e comunicação de servidores e magistrados com os surdos, o que resulta na efetivação de uma sociedade inclusiva. Raoni Figueira ressaltou que com a capacitação, os serventuários do TJAP ficarão aptos para atender pessoas surdas, essencial para o pleno exercício da cidadania deste público.

“Estou contente em ministrar esse curso. São noções essenciais em Libras, pois além da comunicação, aprendemos aqui a ter empatia para com surdos e suas necessidades especiais, bem como eles devem ser atendidos. Trata-se de uma metodologia diferenciada. Desta forma, os participantes da qualificação aprenderão a língua de sinais por meio de dinâmicas e poderão absorver esse conhecimento o mais rápido possível, para aplicarem em suas respectivas unidades dentro do Poder Judiciário. Durante esses meses o meu foco principal é sensibilizar sobre direitos e necessidades de inclusão de pessoas com deficiências, buscando eliminar mitos e preconceitos”, comentou o professor da capacitação.

A servidora do TJAP e participante da capacitação, Mara Santos, ressaltou a importância da qualificação para melhor atender pessoas com deficiência auditiva.

“Fiz uma especialização em 2021 sobre gestão e aplicação da Justiça no desenvolvimento humano, e assim me abriu o olhar para pessoas com esse tipo de peculiaridade. Então eu vi que havia necessidade de aprimorar ainda mais o atendimento humanizado. É maravilhoso, conhecer de perto essa sociedade e poder trabalhar esse acesso universal e irrestrito à Justiça”, destacou Mara Santos.

 LIBRAS

Reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 24 de Abril de 2002 (Lei nº 10.436 ), a Língua Brasileira de Sinais, com sua riqueza de  características e particularidades, é um instrumento  linguístico que permite ao individuo surdo desenvolver-se plenamente,  tendo acesso às informações e a tudo o que ocorre ao seu redor e a se comunicar com clareza.