Com o propósito de promover a capacitação de profissionais de saúde, cuidadores e familiares de pessoas com Alzheimer, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da sua Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar,  realizou, nesta segunda-feira (25), na sede do TJAP, o “I Oficina do Cuidado Integral: Cuidando Melhor de quem Precisa de Você”, com o tema “Nunca é muito cedo, nunca é muito tarde”.  O evento foi realizado em parceria com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), Conselho Estadual de Saúde e Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O encontro, que consistiu em um ciclo de palestras de especialistas no assunto, integrou a Jornada Abraziana no Estado, que ocorre até o dia 28 próximo e faz parte da campanha do Mês Mundial de Alzheimer de 2023.

A abertura do evento foi feita pela juíza Auxiliar da Presidência do TJAP, Marina Lorena Lustosa, que representou o titular da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJAP, desembargador Carmo Antônio de Souza. A magistrada enfatizou a importância do evento em promover o diálogo sobre cuidados e o trabalho para a redução dos riscos de Alzheimer e outras demências.

“A disseminação do conhecimento sobre Alzheimer é de extrema importância, pois essa condição neurodegenerativa precisa de cuidados especiais. Nosso Tribunal trabalha, de uma forma interinstitucional, essas campanhas necessárias para fazermos Justiça com a legitimidade que faz com que a sociedade veja com outros olhos e de uma forma mais sensível as causas que são trazidas. Portanto, essa orientação é essencial aos profissionais, cuidadores e familiares, que anseiam por orientação e suporte para lidar com os desafios do cuidado”, frisou a juíza Marina Lustosa.

Por sua vez, a vice-presidente da ABRAz Amapá, Maria Moura, ressaltou o encontro é fundamental para profissionais de saúde, cuidadores e familiares de pessoas com Alzheimer. Segundo ela, tratar esse tipo de doença não é somente difícil para o paciente, mas também requer muito esforço e empenho da pessoa que acompanha o doente.

O objetivo da oficina é instrumentalizar, por meio de palestras educativas, oficinas e rodas de conversas, os cuidadores formais, informais, familiares, profissionais de Saúde, assistência social, controle social e sociedade civil. Assim, eles estarão aptos a oferecer ações de cuidados que possibilitem uma melhor qualidade de vida as pessoas com Alzheimer e outras Demências.

No Brasil e na América Latina, espera-se um aumento de 200% no número de casos de demência, de 2019 a 2050, em comparação com apenas 100% nos Estados Unidos. Foi estimado que, no Brasil,mais de 70% das pessoas idosas que vivem com demência não são diagnosticadas.

A demência não faz parte do envelhecimento normal. Setembro é o Mês Mundial da Doença de Alzheimer, uma campanha internacional para aumentar a conscientização sobre a demência e desafiar o estigma.