A Escola Judicial do Amapá (EJAP), órgão do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), promove o curso “Ciclo de Desenvolvimento de Inteligência Correcional”, por meio do Instituto Administração Judicial Aplicada (Instituto AjA), para servidores da Corregedoria-Geral de Justiça do Amapá (CGJ). O curso, ministrado pelos professores Carlos Haddad e Luís Pedrosa, busca desenvolver uma nova abordagem na correição, focada na colaboração de equipes e no ataque à raiz do problema e não às consequências dele. Nesta segunda (04/12) foi realizada a última aula síncrona do curso, mas os participantes ainda terão tempo extra para realizar atividades em ambiente virtual.
De acordo com o professor Pedrosa, as corregedorias tradicionais não identificam as causas dos problemas, suas raízes, que surgem no dia a dia das unidades judiciárias. “Esse curso faz com que a equipe da corregedoria desenvolva a capacidade de entender e tratar as causas e apenas os sintomas”, defendeu.
“Na nossa vida normal, quando a gente tem uma dor de cabeça, a dor de cabeça é o sintoma, que tratamos com um remédio específico, mas no dia seguinte a dor de cabeça às vezes está lá de novo”, observou. “A corregedoria tradicional apenas aponta os processos que precisam ser corrigidos e as falhas da unidade judiciária, mas não ensina como corrigir essas falhas de maneira que aqueles problemas não retornem”, acrescentou.
Com carga de 94 horas/aula, “nosso curso tem essa tônica de transformar a corregedoria em um órgão de consultoria, de apoio à unidade judiciária, de maneira que ela consiga produzir mais com menos esforço e aumentar, por exemplo, o bem-estar e a qualidade de vida no trabalho dos servidores”, defendeu o professor Pedrosa.
Quanto à equipe de profissionais que participam do curso, Luís Pedrosa acrescentou: “acho a equipe da Corregedoria do TJAP muito participativa e diligente e tenho plena confiança de que vão transformar o Tribunal em um dos melhores do país”.
Com o objetivo geral de capacitar profissionais da Corregedoria-Geral de Justiça a realizar correições com base no entendimento da raiz de cada problema e atuar de forma mais moderna, eficiente e eficaz para o desenvolvimento das unidades, o curso tem uma abordagem de “aprendizado com base no problema” (problem based learning).
A formação também visa instrumentalizar a equipe para o diagnóstico remoto das unidades judiciárias de forma assertiva e eficiente, além de priorizar e escalonar temporalmente metas e iniciativas de melhorias constantes nos Planos de Ação.
A formação ainda habilitará os participantes para: analisar a realidade da unidade judiciária e compreender o contexto do trabalho; identificar problemas na gestão de unidades judiciárias, construir hipóteses de solução e conduzir a resolução prática; utilizar o Diagrama de Ishikawa para decomposição de causas dos problemas; e propor soluções inovadoras para situações complexas nas unidades judiciárias; entre diversas outras entregas.
O curso é composto por aulas autoinstrucionais gravadas e aulas síncronas (remotas e em tempo real) – também gravadas, mas para revisão quando necessário.