Com o propósito de oferecer um ambiente de apoio e empoderamento a mulheres e adolescentes vítimas de violência doméstica ou em situação de risco social, a Comarca de Porto Grande promoveu, de outubro a dezembro de 2023 (encerrou no dia 14/12) o “Projeto Social Fios de Esperança”. A ação, coordenada pela titular da Vara Única da Comarca e diretora do Fórum, juíza Marcella Peixoto Smith, consiste em uma oficina da técnica “amigurumis” – crochê tradicional japonês. “A cerimônia de encerramento do curso foi emocionante, com várias participantes chorando ao receber o certificado”, comentou a magistrada.
A iniciativa também visava profissionalizar habilidades das cidadãs para promover geração de renda e independência financeira do público-alvo – o curso era voltado para vítimas de violência doméstica e pessoas da comunidade em geral.
O Projeto Social Fios de Esperança teve duas turmas, com 15 pessoas cada, e as aulas foram ministradas por uma profissional especialista em amigurumi, na própria sede do Fórum de Porto Grande. Durante o período do projeto, as participantes mantiveram contato entre si e com a professora por grupo de WhatsApp, com vistas periódicas para compartilhamento do aprendizado e do desenvolvimento dos trabalhos.
Nos dias de oficinas foram realizadas sessões de círculo restaurativo para a criação de um ambiente de confiança e apoio emocional.
No encerramento, a magistrada Marcella Smith registrou sua alegria com a realização e conclusão do curso do Projeto batizado “Fios de Esperança”. “Começou aqui, na comarca de Porto Grande, para um público específico, e acabou abrangendo diversas pessoas da comunidade que estavam em busca de um aprendizado. O amigurumi se mostrou, ao mesmo tempo, um trabalho manual, uma arte, um lazer, um relaxamento e uma possibilidade de renda extra”, registrou.
“Inesperadamente, o Fórum tornou-se um espaço para criação de novo laços e amizades. As pessoas aqui encontraram um espaço seguro e de acolhimento, não só para aprender a técnica do amigurumi, mas também confraternizar e conversar”, relatou a juíza Marcella.
“Espero que esse projeto tenha sido apenas o pontapé inicial e que vocês não parem por aqui, que continuem a praticar e trocar experiências, produzindo peças cada vez mais bonitas”, declarou a magistrada.