A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (Nupejure) do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) realizou, a convite do titular da 3ª Vara de Competência Geral e Infância e Juventude da Comarca de Laranjal do Jari, juiz Antônio José de Menezes, uma série de sessões restaurativas para tratar as relações de uma família com conflitos que já duravam há anos. A abordagem incluiu cinco encontros individuais preparatórios e um encontro restaurativo com todas as partes e que resultou em um acordo, com pós-encontro agendado para daqui a seis meses (julho de 2024), ocasião em que será proposto um novo encontro para reavaliar dos compromissos firmados pelas partes.
De acordo com Ângela Martins, membro da equipe que realizou a ação, “o Nupejure ajudou todas as partes a dialogarem e a compreenderem os papéis uns dos outros e as origens dos conflitos por meio de palavras e sentimentos nunca ditos, que até por isso arrastavam a situação por anos”. Ela explicou que a privacidade e intimidade da família em questão deve ser preservada e que mais detalhes não podem nem devem ser revelados.
“Com nosso apoio eles finalmente conversaram e chegaram a um acordo e a uma possibilidade de pacificação dessa convivência. Em julho nossa equipe retorna para rever a situação, avaliar se algo mais pode ser feito para aprimorar essa convivência e essas relações para manter o melhor entendimento e consolidar a restauração dos lações familiares”, complementou a servidora.
A pedido do juiz Antônio José de Menezes, o Nupejure realizou ainda um Círculo de Diálogo com os servidores do Fórum do Laranjal do Jari, para conversar sobre conexão, senso de pertencimento e engajamento da equipe. Na ocasião o Núcleo aproveitou para apresentar a metodologia aos colegas e formar parceria para ministrar cursos de Justiça Restaurativa para a comarca.
Segundo o juiz Menezes, também diretor do Fórum de Laranjal do Jari, “foi bem proveitosa a visita da equipe do Nupejure aqui na Comarca. Ficamos impressionados com a capacidade e disposição da equipe”.
“A partir daí, estamos solicitando ao Tribunal que disponibilize um treinamento para nossos servidores, pois queremos aprofundar nessa forma de resolução de conflitos. Somos muito gratos à presença da equipe aqui na Comarca”, concluiu o magistrado.