“Quando olhei a terra ardendo com a fogueira de São João, eu perguntei a Deus do céu ai, por que tamanha judiação...”. Foi ao som de Asa Branca, música do rei do baião Luiz Gonzaga, que o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude e seu Projeto Pirralho, que têm à frente o desembargador Gilberto Pinheiro, e a 22ª Brigada de Infantaria de Selva assinaram, nesta segunda-feira (11), o Termo de Cautela de Instrumentos Musicais para os projetos sociais “Flautinhas” e “Banda Mirim”. O Projeto Social “Flautinhas e Banda Mirim” beneficiará desta vez, 50 crianças e adolescentes, com idade entre 09 a 17 anos, em situação de vulnerabilidade e risco social, matriculados na Escola Estadual Reinaldo Maurício Gobert Damasceno, no bairro Cuba de Asfalto, zona sul de Macapá.

Para o Coordenador da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargador Gilberto Pinheiro, o caminho que trilha as crianças e adolescentes está inserido na política social e educacional do TJAP.

“Nós entregamos em torno de 50 instrumentos para o exército e essa parceria que nós temos com esses garotos mostra a política social e educacional do TJAP. Essa participação do Exército Brasileiro é muito importante nessa socialização desse trabalho com esses jovens, ou seja, nós teremos, certamente, a voltar a ter grandes músicos como nós tivemos no passado, na época da banda do Mestre Oscar, do GM, do Ginásio de Macapá, e agora com a participação do nosso glorioso Exército Brasileiro”, ressaltou o desembargador.

Durante a cerimônia foram entregues os instrumentos: trompete, saxofones alto, Saxofone Tenor em Bb, Saxofone Barítono em Eb, saxofone soprano reto, contrabaixo Tagima tw73 5 cordas Olympic White, suporte para teclado portátil, entre outros instrumentos. Para a mãe Francinéia Melo, mãe da aluna Débora Rudá, estudante da escola Reinaldo Damasceno, as aulas de música ajudam no aprendizado e na interação social.

“Acho de extrema importância para o aprendizado cognitivo, interação social e para essas crianças é uma nova perspectiva porque é uma profissão ser musicista. Eles já seguem aquela perspectiva, eu posso também um dia fazer parte da banda do Exército, eu posso fazer parte da banda da Polícia Militar, posso fazer parte da banda do Bombeiro. Então para eles, inclusive a autoestima se eleva dessa criança. Acredito que é um resgate da cultura, é um resgate dessa criança que muitas vezes não tem a condição de participar de uma aula assim, é sensacional”, explicou.

O Comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, general Roberto Furtado Batista reforçou que a parceria com o TJAP é fundamental neste trabalho de inclusão social.

“Um projeto que já vem de algum tempo com o Tribunal de Justiça do Amapá. E o desembargador Gilberto reforça essa parceria conosco aqui, começada lá atrás ainda com então o Comandante da Brigada, o General Gobel, e aqui estamos continuando esse incremento junto com a participação dos nossos integrantes aqui da banda de música”, reafirmou.