Se a Constituição Brasileira assegura o acesso à Justiça como um instrumento indispensável para a proteção e garantia de direitos, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) dá mais um passo no processo de inclusão e acessibilidade. Um exemplo aconteceu no programa “JudiciRádio Notícias”, rádio web do TJAP (judiciradio.com.br ) apresentado pelos jornalistas José Menezes e Ricardo Medeiros, na terça-feira (12), quando o professor de Língua Brasileira de Sinais (Libras) Aslon Pureza, surdo, foi destaque no veículo de comunicação. Acompanhado da intérprete de Libras, Maria da Paixão e da servidora Carla Aldine, ambas da Central de Acessibilidade do TJAP, o professor relatou por meio de sinais, a importância do acesso de todos, especialmente os servidores e servidoras, a esta importante metodologia implementada pelo Poder Judiciário amapaense.
O professor elogiou a facilidade no acesso aos conteúdos do TJAP por meio da interpretação em Libras, ferramenta utilizada nas transmissões ao vivo das sessões e dos programas de rádio do Tribunal. “Se não tivesse essa intérprete ali no cantinho da tela, ficaria bem mais difícil saber como é bom esse programa apresentado por vocês”, disse Jonhson por meio de sinais.
Na ocasião o professor aproveitou para “batizar”, ou seja, dar um sinal de identificação pessoal, aos apresentadores do programa JudiciRádio Notícias e aos demais servidores da Secretaria de Comunicação do TJAP. O batismo faz parte da Cultura Surda após serem observadas as características da pessoa. Este sinal é usado como uma forma mais prática e visual de identificação das pessoas dentro da comunidade surda e ouvintes na sociedade.
A servidora e assistente social do TJAP, Carla Aldine, destacou a importância da Central de Acessibilidade para quem precisa. “Nós já atendemos na nossa sala não só pessoas surdas, mas também pessoas com deficiência visual e com dificuldade de locomoção. Por isso, nós pedimos aos demais servidores do fórum de Macapá e demais unidades judiciárias para que quando chegar uma pessoa com qualquer deficiência que nos encaminhe para que possamos atendê-la com a qualidade que ela merece”, ressaltou.