“As Principais Violações aos Direitos das Mulheres com Deficiência” foi tema da roda de conversa realizada na quinta-feira (18), pela Ouvidoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). O evento, realizado na sede da Ouvidoria, contou ainda com o lançamento da cartilha informativa da Ouvidoria da Mulher em Braille. A escuta ativa foi conduzida pela ouvidora da Mulher, juíza Elayne Cantuária, e reuniu mulheres com deficiência.
O encontro teve como foco o debate sobre a violência doméstica que atinge mulheres e as dificuldades para obter informações e denunciar as violências sofridas. Para além dos obstáculos que permeiam os relacionamentos violentos, também foi debatida a falta de acessibilidade (física e sensorial) a serviços públicos.
“A doação e a boa vontade amparam, mas é a política pública que resolve”, citou por Yndiraima Cunha, que é estagiária no Fórum de Santana e participa do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
“A gente costuma dizer que muitas vezes pessoas que não têm deficiência se solidarizam com as nossas dores, mas nada melhor do que nós – que sentimos e passamos diariamente pelas nossas dificuldades – falarmos sobre elas. Hoje, nós estamos aqui para ver e estar junto nesse acontecimento em busca de resolver as questões apresentadas e que irão contemplar todos nós”, destacou Yndiraima Cunha.
“Realizar a escuta ativa é a forma mais eficaz e mais potente da gente humanizar e fazer justiça. Essa é nossa primeira escuta ativa e estou feliz pois reunimos mulheres muito especiais e que fazem a diferença. Aqui todas podem falar, queremos ouvir cada pauta e demanda, para fazermos um diagnóstico e buscar mudanças em termos de políticas judiciárias para que possa contemplar as mulheres com deficiência”, ressaltou a ouvidora da Mulher do TJAP, juíza Elayne Cantuária.