A Comissão de Auditoria de Votação Eletrônica (CAVE) do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) realizará uma auditoria completa da votação eletrônica em urnas de todos os municípios do estado nas eleições de 2024. O assunto foi tema de entrevista nesta quinta-feira (08), no JudiciRádio Notícias, programa e web-rádio do Tribunal de Justiça do Amapá, que recebeu o presidente e a secretária da CAVE, respectivamente, o juiz Marconi Pimenta e a servidora Ana Cristina da Paz. Ainda no programa desta quinta-feira, o professor Arlan Amanajás, coordenador do curso de Psicologia da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), deu entrevista sobre a oferta de 30 vagas no primeiro vestibular de seu Curso de Psicologia. Apresentado por José Menezes e Cybelle Andrade, o programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas.

A entrevista na íntegra está disponível no Canal do TJAP no YouTube.

"Estou muito honrado por ter sido indicado para compor uma comissão que atesta a autenticidade e integridade das urnas eleitorais, passando a tranquilidade aos votantes de que o instrumento pelo qual se deposita a vontade do eleitor é seguro e confiável", afirmou o juiz Marconi.

Ele explicou que testes amplos, profundos e transparentes dos sistemas eleitorais serão realizados, de acordo com as diretrizes da Resolução TSE 23.673/2021 e suas atualizações. “O processo envolve verificações antes, durante e após a votação para assegurar o funcionamento correto das urnas e a contabilização precisa dos votos”, complementou o magistrado.

“Três delas são usadas para autenticidade e o juiz, juntamente com promotor eleitoral e outros membros da comissão, retira o lacre e emite o relatório de ‘zerézima’, que demonstra haver ‘zero’ votos na urna antes de iniciada a visitação, para depois ser lacrada e utilizada na zona eleitoral”, detalhou o juiz. “Outras 18 urnas são usadas para auditar a integridade e ficam no TRE-AP para votações com conferência da hora de cada voto e do candidato votado, tudo filmado e transmitido ao vivo e com supervisão de fiscais de partidos e demais presentes”, complementou. “As últimas duas ficam na zona eleitoral da UEAP para teste da biometria – para garantir que ninguém pode votar por outra pessoa”, ressaltou.

A comissão é composta por servidores do TRE-AP e representantes do Ministério Público Eleitoral. Observadores da sociedade civil, partidos políticos, federações, coligações, Ordem dos Advogados do Brasil e imprensa poderão acompanhar o processo presencialmente.

“Garantimos, assim, um resultado seguro e a expressão da vontade do nosso eleitor. Damos o nosso melhor com a melhor equipe técnica, a melhor tecnologia e logística para entregar uma auditoria série que essa coisa toda de teoria da conspiração é invencionice e manifestação de quem não aceita que perdeu”, concluiu o presidente da CAVE, juiz Marconi Pimenta.

O juiz Pimenta enfatizou a eficiência do sistema eleitoral brasileiro: "Quando as eleições acabam às 17h e quando dá 18h já temos o resultado, devido a uma gestão automatizada e um fluxo de trabalho maravilhoso. Mesmo com nossas regiões mais remotas e de difícil acesso, conseguimos fazer um trabalho eficiente e rápido".

Ana Cristina da Paz, secretária da CAVE, destacou que a auditoria de biometria é uma novidade no TRE-AP e será implementada em todos os estados brasileiros nestas eleições municipais. Destacou ainda que a secretária da CAVE ressaltou o histórico de sucesso das auditorias anteriores: "a auditoria, em todos os anos que fizemos, tiramos 10 – somos também auditados por especialistas externos contratados do TSE".

As medidas adotadas pelo TRE-AP visam reforçar a confiança no processo eleitoral e combater campanhas de desinformação que têm se tornado mais frequentes e intensas nos últimos, especialmente em período eleitoral e com uso de mídias sociais. "Quando o derrotado põe em dúvida um mecanismo tão seguro e eficiente, ele causa um prejuízo muito grande ao próprio estado democrático de direito – é esse tipo de atitude que buscamos combater e a auditoria tem demonstrado que esses boatos não procedem", concluiu o juiz Pimenta.

Já no segundo bloco de entrevistas do programa desta quinta-feira, o professor Arlan Amanajás, coordenador do curso de Psicologia da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), deu entrevista sobre a oferta de 30 vagas no primeiro vestibular de seu Curso de Psicologia. O edital foi publicado em 27 de agosto e, até a véspera da entrevista, 800 candidatos já estavam inscritos.

De acordo com o coordenador, as inscrições são gratuitas e seguem abertas até 13 de setembro, exclusivamente no site https://depsec.unifap.br/concursos/ – o edital pode ser acessado aqui.

“O curso é pensado desde 2014 e foi consolidado ano passado, mas por conta de um parecer do Conselho Nacional de Saúde, que chegou após o prazo para incluir o curso na última seleção geral, precisamos adiar para 2024 – por isso que será um vestibular especial”, explicou o professor, que acrescentou que aproveitará a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023.

“O curso funcionará nos turnos tarde e noite e vai ser generalista, com formação que sustenta áreas clínica, social e educacional – não sairá especialista em todas essas áreas, mas poderá programar uma pós-graduação”, explicou o coordenador, que complementou: “com início de aulas programado para 10 de dezembro, o curso terá 10 semestres (cinco anos) de duração”.

– Macapá, 5 de setembro de 2024 –

Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Aloísio Menescal
Fotos: Serginho Silva
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