Após cinco anos de relacionamento, o jovem casal, Camile Vitória e Diego Coutinho, disse o tão esperado “sim”, em mais uma edição do Programa Casamento na Comunidade, que oficializou 23 uniões na última sexta-feira, (4). A ação é promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP) em parceria com a Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) e Cartórios.
Para Camile Vitória, o momento representa muita felicidade. Ela revelou que sempre sentiu vontade de trocar as alianças com o marido e ter a segurança do casamento civil. “Hoje está sendo a concretização de um dos maiores sonhos da minha vida e do meu esposo. Apesar do ambiente e da situação que meu marido se encontra, acreditamos na nossa união. Já temos um filho de 13 anos e a qualquer momento chega nosso segundo filho, e com este ato estamos reafirmando o sentimento que temos um pelo outro”, disse Camile Vitória, grávida de nove meses.
“Nossa família está aumentando e eu só tenho que agradecer a Deus, que está nos abençoando. Parabenizo o programa, pois acredito ser muito bom para nós, e nos ajuda na ressocialização e acende, novamente, o sentimento e a esperança de dias melhores” afirmou o esposo, Diego Coutinho.
O programa é coordenado pela titular da 3ª Vara de Família Órfãos e Sucessões da Comarca de Macapá, juíza Joenilda Lenzi e é realizado pelo Centro Judicial de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Rosemary Palmerim, unidade Judicial responsável pelo evento. A cerimônia contou com a participação do Cartório Vales e do juiz de paz e tabelião, Diogo Vales.
Na ocasião, o assessor jurídico do TJAP e supervisor do Programa Casamento na Comunidade, Macdowel Pureza, representou a coordenadora geral do programa, juíza Joenilda Lenzi. Para ele, o momento é especial, pois, embora os participantes estejam reclusos, muitos já têm família e outros estão em processo de formação. O servidor destacou ainda que a Constituição Federal reconhece a família como base da sociedade e, por isso, merece especial proteção do Estado.
Outro destaque feito por Macdowel Pureza se refere aos números de casamentos formalizados. Desde a implantação do Programa, já foram formalizadas mais de 20 mil uniões.
“Parabenizo os casais que se preparam para esta ocasião especial e observo no olhar dos presentes a esperança de um futuro diferente. Nossa intenção é levar o programa aos lugares mais distantes e nas diversas instituições também. O casamento é a formalização da existência da família”, reforçou Macdowel Pureza.
O educador penitenciário e coordenador de Tratamento Penal do Iapen, Henrique Cardoso Lemos, explicou que todo o processo é realizado na Unidade de Educação Social, onde é feito o levantamento e as tratativas com o TJAP, Ministério Publico do Amapá, Cartório e demais parceiros, para que os tramites sejam formalizados, incluindo o processo de seleção interna.
“Verificamos se os custodiados atendem aos critérios e se realmente desejam casar. Após essa etapa, todos os preparativos são realizados pela Unidade de Educação Social. Temos uma demanda crescente e estamos nos organizando para atender àqueles que desejam ter essa oportunidade, mas que, por ventura, ficaram de fora desta edição. O trabalho também é conduzido de acordo com as recomendações de segurança do ambiente”, afirmou o coordenador de Tratamento Penal do Iapen, Henrique Cardoso Lemos.
Documentos necessários:
Carteira de Identidade, CPF, Certidão de Nascimento (original), Certidão de Casamento averbada com o divórcio, Certidão de Nascimento dos filhos, comprovante de residência (se tiver).
– Macapá, 7 de outubro de 2024 -
Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Ariane Lopes
Fotos: Flávio Lacerda
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