O programa JudiciRádio Notícias, a rádio web do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), recebeu, nesta quinta-feira (10), Simone de Jesus, diretora do Centro AMA-LBTI, e Anie Barros, psicóloga do Ambulatório Trans do HU-Unifap. As convidadas falaram sobre os serviços oferecidos à população trans e travesti do estado, com foco na promoção da saúde integral e no atendimento humanizado. A edição também contou com a participação de Juliana Lopes de Araújo e Vanessa Gabrielle Rodrigues, autoras do artigo “Feminicídio no Amapá: Uma análise sobre o perfil das vítimas”, publicado na Revista Diretriz do TJAP, com orientação da pedagoga Simone Freitas do Nascimento, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJAP.
Apresentado por Fernanda Ferreira e Ricardo Medeiros, o programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h, com notícias do Judiciário e temas de interesse público.
O Ambulatório Trans do HU-Unifap e o Centro de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) são referências no Amapá, no atendimento à população trans e travestis. Com serviços especializados, como acompanhamento endocrinológico, psicológico, médico, jurídico e social, já somam 55 pacientes em terapia hormonal.
A diretora do Centro AMA, Simone de Jesus, destacou que os atendimentos visam garantir dignidade e acesso a direitos fundamentais. “Temos salvado vidas. Enfrentamos um alto índice de tentativas de suicídio, que são acompanhadas pela psicóloga do Ambulatório, e evidencia que a saúde mental é uma das maiores fragilidades dos nossos acolhidos, principalmente devido ao preconceito enfrentado na sociedade”.
Após o intervalo, os estúdios receberam as autoras do artigo “Feminicídio no Amapá”, lançado na edição Especial Mulher da Revista Diretriz do TJAP. Com base em levantamento de dados e relatos de mulheres atingidas por esse crime, a pesquisa ressalta a importância do diálogo constante sobre violência de gênero.
A graduanda em Direito, Vanessa Rodrigues, destacou dados preocupantes: “O artigo foca na vítima, a partir de uma análise documental da Coordenadoria da Mulher, que revelou 69 processos entre 2018 e 2024, sendo 54 tentativas e 16 feminicídios consumados”.
Também pesquisadora do estudo, Juliana Lopes reforçou o papel da pesquisa no aprimoramento das políticas públicas. “Esperamos que essa oportunidade de levantar dados atualizados sobre a problemática no nosso estado contribua com ações de prevenção, punição e conscientização dos agressores. O feminicídio é uma questão estrutural que precisa ser constantemente estudada e combatida.”
– Macapá, 10 de abril de 2025 –
Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Fernanda Ferreira
Fotos: Cybelle Andrade
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