Com o propósito de disseminar conhecimento, esclarecer dúvidas e compartilhar experiências para a conscientização e o acolhimento no ambiente institucional e social de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) promoveu, nesta sexta-feira (11), no Fórum de Macapá, o Ciclo de Palestras com o tema "Diálogo Aberto: Esclarecimentos e Trocas sobre o Autismo". O público alvo do evento foram magistradas, magistrados, servidoras, servidores, colaboradoras e colaboradores do Poder Judiciário. O evento integra o Abril Azul, mês de conscientização sobre o TEA.
A iniciativa foi feita pela Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal de Justiça do Amapá (SGP/TJAP), por meio da Seção do Serviço Médico e da Coordenadoria de Gestão e Avaliação de Competências do TJAP. O encontro contou com a participação de especialistas que apresentam informações sobre o TEA, estratégias de apoio e inclusão.
A ação atende a Resolução nº 207/2015, que institui a Política de Atenção Integral à Saúde de profissionais do Poder Judiciário e estabelece que seja atribuição das unidades propor, coordenar e executar ações e campanhas voltadas à saúde.
Durante o ciclo de palestras, profissionais da área explicaram aspectos fundamentais do TEA, como: diagnóstico, desenvolvimento, inclusão e suporte para magistradas, magistrados, servidoras, servidores e seus dependentes.
Entre os palestrantes estavam: a médica especialista em Saúde Mental da Infância e Adolescência, com ênfase em TEA, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outros transtornos, Iane Santos; a psicóloga infantil / analista do comportamento, Renilda Macedo; e a psicóloga da coordenação de Gestão e Avaliação por Competência do TJAP, Lorena de Paula.
De acordo com a titular do Juizado da Infância e Juventude – Área de Políticas Públicas e Medidas Socioeducativas de Macapá e diretora do Fórum, juíza Laura Costeira, que é autista e mãe de uma criança com TEA, enfatizou a importância da realização do Ciclo de Palestras.
“Promover um espaço de diálogo qualificado, esclarecimento de dúvidas e fortalecimento de vínculos entre profissionais e familiares sobre o TEA é essencial. Há pouco tempo me descobri dentro do espectro e também sou mãe de autista. Portanto, sei o quanto momentos como esses são extremamente importantes. O cotidiano de pessoas com essa peculiaridade produz novas descobertas e novas dúvidas a cada dia. E a conscientização por questões de respeito é fundamental”, comentou a juíza.
“Mesmo na minha posição, já passei por situações de desrespeito em relação a minha condição de autista. Em razão disso, campanhas de esclarecimento são necessárias”, finalizou Laura Costeira.
Autismo
O Transtorno do Espectro Autista é uma síndrome que atinge quase dois milhões de brasileiros. Em crianças, é mais comum do que o câncer, a AIDS e o diabetes. No mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam mais de 70 milhões de pessoas com a síndrome.
O autismo restringe a comunicação de seu portador com os demais ao seu redor. Para os especialistas, o autista tem uma maneira peculiar e introspectiva de ver o mundo. Os primeiros sinais aparecem até os três anos de idade.
– Macapá, 11 de abril de 2025 –
Secretaria de Comunicação do TJAP
Texto: Elton Tavares
Fotos: Carol Chaves
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